Porque a desgraça não acontece só aos outros...

Inundações em Pombal

( Fotos retiradas do site oficial da câmara municipal de Pombal)

JHS no Louriçal (continuação)

O professor José Hermano Saraiva, figura incontornável da televisão pública portuguesa, esteve esta semana no concelho de Pombal a gravar mais um programa de “A alma e a gente”. O referido programa será transmitido no canal 2, no dia 29 de Outubro, e vai mostrar imagens de algumas das freguesias que compõem o município. Segundo o próprio historiador, este regresso a Pombal servirá para mostrar como é que a localidade se transformou, de uma povoação feudal e aristocrática numa terra popular edificada em torno do Cardal. Essa transformação deveu-se em grande parte à figura do Conde de Castelo Melhor, a quem se deve a construção do Convento hoje conhecido como Convento do Cardal.Mas o programa a ser exibido no final do mês não fica consignado à cidade. Durante a manhã de quarta-feira, José Hermano Saraiva efectuou gravações no Louriçal. Primeiro, visitou o Convento local, tendo recolhido imagens nos claustros do edifício. A origem do Convento e da Comunidade das Irmãs Clarissas do Desagravo são temas abordados pelo historiador, que não deixa de contar a razão porque Santa Clara é a padroeira da televisão. O professor foi recebido no Convento pela Madre e duas das irmãs que lhe mostraram o interior do edifício, nomeadamente a casa onde nasceu a Madre Maria do Lado, fundadora da comunidade religiosa, e a Igreja. Depois, a produção de “A alma e a gente” passou também por um dos locais onde são feitos os famosos biscoitos do Louriçal.Ao que O Correio de Pombal conseguiu apurar, José Hermano Saraiva deverá também desvendar algumas histórias das freguesias da Ilha, Abiul e Redinha. A Quinta da Gramela deverá ser outro dos locais a ser mostrado no “A alma e a gente” dedicado a Pombal.

In O Correio de Pombal, 12 de Outubro de 2006

JHS esteve na Vila do Louriçal

José Hermano Saraiva voltou a filmar no concelho de Pombal
Histórias de gente com alma e lugares de verdade
Texto de Adriana Afonso

“Hoje a verdade é um cartucho vazio”. A afirmação é do historiador e jurista José Hermano Saraiva, que esteve esta semana em Pombal a gravar uma edição para o programa “A Alma e a Gente”, exibido na RTP2. Louriçal, Pombal e Abiul foram os lugares onde o famoso professor esteve para mostrar que “a história de Pombal pode-se apresentar como símbolo da própria formação de Portugal”. Um programa a ser exibido no próximo dia 29, pelas 21h30.O ECO acompanhou um pouco das filmagens e trocou impressões com José Hermano Saraiva no mesmo cenário onde, quatro anos e meio antes, tinha sido feita uma entrevista: no Castelo de Pombal. “Actualmente vive-se de faz de conta. Hoje a verdade é um cartucho vazio”, desabafou o professor, após ter feito uma explicação sobre a edificação, abordando as agitações entre os templários do Castelo de Pombal e a população do Cardal que terminaram “quando o Conde de Castelo Melhor levou a imagem de Nossa Senhora de Jerusalém lá para baixo”. Ainda a propósito da fortaleza, José Hermano Saraiva referiu que “eu daria vida ao Castelo chamando os templários. Esse é o castelo mais turístico de Portugal”.Acompanhar as filmagens de José Hermano Saraiva, de 87 anos, é mais surpreendente do que os próprios enredos da História de Portugal que o professor vai desvendando. Isto porque, em cada cenário, a gravação é feita apenas uma vez, sem blocos de anotações ou paragens. “Faço o programa sem papéis ou qualquer outra indicação. Só digo o que manda o meu coração e as pessoas compreendem essa espontaneidade e aceitam”, acredita José Hermano Saraiva. E como explica ainda o sucesso de seus programas junto a um público tão diversificado? “É uma razão simples. É o poder da verdade. Agarra, convence e aceita-se”, destaca, acrescentando que “hoje o mundo está travesti, cheio de disfarces”.O realizador d’“A Alma e a Gente”, José António Crespo, acompanha o professor nos programas de televisão há vários anos. “Estou com ele há 14 anos. Costumo dizer que estamos no quarto mandato”. Segundo o realizador, “é muito fácil trabalhar com o professor. Apesar de não podermos esquecer que faz muitas palestras para a elite, é um académico e, não sendo difícil, é essencial conhecê-lo para perceber a sua ironia”.Já em pleno Largo do Cardal, quando explicava pormenores sobre a Igreja, José Hermano Saraiva atraía os olhares de todos os que passavam, a pé ou de carro. “É ele?” era a pergunta que mais se ouvia. De acordo com o historiador, “quatro anos depois encontro Pombal mais desenvolvido, a população cresceu imenso, além do comércio e trânsito. Pena porque não mostrei as coisas novas de Pombal. Há muito o que ver. Este é um dos lugares de Portugal em que os anos foram positivos”.

In O Eco, ed. 2695, 19 de Outubro de 2006

Turismo para pessoas com deficiência - Um segmento em Crescimento

Hoje deixo-vos um cheirinho (introdução do trabalho final) do que foi o meu seminário de final de licenciatura, aproveitando este espaço para agradecer a todos os meus colegas de Gestão e Planeamento em Turismo que sempre me apoiaram desde o primeiro dia em que entrei para a faculdade até hoje, que finalizei os meus estudos.

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“ A possibilidade de aceder, directa e pessoalmente, à descoberta das riquezas do planeta constitui um direito aberto a todos os habitantes do mundo”
(In Código Mundial de Ética do Turismo, Art. 7.º)
Organização mundial do Turismo

A indústria do turismo é, actualmente, o sector da economia que mais se tem expandido em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Turismo – OMT, em 2005, a indústria do turismo movimentou, em todo o mundo, mais de 808 milhões de pessoas, universo que injectou na economia mundial um valor superior a 500 mil milhões de euros.
Esta, mais do que uma expressiva movimentação financeira resultante da contínua expansão da actividade turística ao longo desta década, vem possibilitando aos sectores público e privado desenvolver novos produtos, destinados a satisfazer anseios e as necessidades dos diferentes segmentos que formam o mercado consumidor. Em virtude da multiplicação de nichos específicos de mercado, a indústria do turismo vem sendo submetida, no entanto, a inúmeras exigências.
Torna-se, portanto, fundamental adequar os produtos e serviços que formam a cadeia produtiva da indústria turística às necessidades objectivas e imediatas de segmentos específicos da população que, por razões diversas, ainda sofrem limitações para a prática de turismo. Consciente de que as pessoas com deficiência não são entendidos nas suas necessidades mais elementares pela indústria portuguesa de turismo, optei por elaborar este estudo, de modo a poder facilitar a compreensão deste mercado em ascensão.